10/01/2019 atualizado em : 24/11/2023

Série PEP: 10 – Riscos associados às PEPs – Corrupção Global e Desigualdade Social

10/01/2019 atualizado em : 24/11/2023

Por: Talita de Carvalho

 O Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões por ano por causa da corrupção 

A corrupção é um problema que atinge todos os países, embora a percepção dela seja maior em nações mais pobres, onde há conflitos internos ou governos totalitários. É o caso de Somália, Síria, Sudão do Sul, Iêmen, e a Coréia do Norte, que, segundo o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), de 2018, feito pela organização Transparência Internacional, são os países mais afetados por este crime.


“O relatório mede o nível  percebido de corrupção no setor público e, no ranking de 180 países, em uma escala de 0 a 100, nenhum alcançou nota máxima.”
 

O Brasil, apesar da Operação Lava Jato, que tem combatido este crime, não alcançou um bom resultado; teve a pior nota desde 2012, ano no qual os dados passaram a ser avaliados, ano a ano. O país perdeu nove posições em relação a 2017, ocupando a 105ª posição.

É importante dizer que, em ambientes de negócios, a corrupção pode ser a moeda de troca pela qual empresários e executivos buscam obter vantagens. As PEPs (Pessoas Expostas Politicamente) se envolvem neste crime quando aceitam o pagamento de propina para beneficiar empresas por meio de decretos, aprovação de projetos que atendam interesses econômicos de um determinado setor, ou ainda, oferecendo garantias em processos licitatórios, entre outros.

De acordo com o Ministério Público, a ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que o Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção por ano. Estes desvios afetam a implantação de serviços públicos e prejudica o crescimento da economia; contribuindo para o aumento da desigualdade social.

 A corrupção contribui para a desigualdade social 

A lei 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção, prevê multa de até 20% do faturamento da empresa envolvida em esquemas corruptos, além de responsabilizar diretores ou gerentes. Porém, a perda para as instituições vai muito além dos recursos financeiros, nestes casos, o prejuízo reputacional é o maior deles.