Por: Willian Yoshikazu Takamura e Altair Gonsalves Nascimento Diariamente, milhares de pessoas conectam-se à internet para a realização de atividades como compras, pagamentos, transações bancárias, entre outras. O meio digital é prático, garante interação e otimiza o tempo. Porém, as empresas que atuam neste segmento precisam estar atentas às ações de fraudadores, pois estes, de uma maneira geral, buscarão se aproveitar de processos mais frágeis, que facilitam a aplicação de seus golpes. Criminosos buscam aproveitar de processos mais frágeis Torna-se, com isso, importante que essas empresas busquem implementar pontos mínimos de controle, como por exemplo, a checagem de adulteração de documentos, pois caso contrário, estarão expostas a possíveis fraudes. Além disso, checar, quando possível, se o cliente reside, ou pelo menos passa tempo, no endereço declarado por ele, e se os dados constantes na proposta de início de relacionamento pertencem, de fato, à pessoa a qual se refere, podem auxiliar na detecção daqueles que querem passar um local falso. O avanço da tecnologia tornou-se um grande aliado na luta contra as ações dos fraudadores. Por meio dela, é possível agregar novos componentes ao programa Conheça seu Cliente, ou KYC, que, em conjunto com os métodos já tradicionais, auxiliam em uma eventual detecção, ou no monitoramento de situações que poderiam resultar na realização de fraudes ou lavagem de dinheiro. Aplicando ações prévias de checagem acerca da idoneidade ou histórico do cliente, há diversas fontes para isso, a instituição pode avaliar os riscos relacionados a ele, e optar pela manutenção ou rejeição do relacionamento. “Um Rigoroso controle interno ajuda a evitar que relacionamentos negados no passado consigam sucesso em uma nova tentativa”. E com o uso de uma ferramenta automatizada, é possível identificar situações atípicas nas transações realizadas pelo cliente, tornando possível a adoção dos procedimentos adequados, como bloqueio da transação, encerramento do relacionamento ou reporte às autoridades competentes. Sim, a falta de investimento em tecnologia é um dos fatores que contribuem para a fragilidade do KYC. Há ainda outras práticas que ajudam na prevenção de fraudes. Avaliar se determinado produto, acessado pelo cliente, se enquadra, ou faz sentido, ao perfil dele. Além disso, o uso dos contatos telefônicos pode auxiliar no propósito de checar se a transação foi realmente feita pelo cliente, ou estamos diante de uma tentativa de golpe. Por fim, a equipe de profissionais que atuam em processos de Conheça seu Cliente deve ser treinada e atualizada, periodicamente, sobre as tipologias mais atuais usadas pelos fraudadores. Empresas devem adotar medidas para coibir fraudes Vale ressaltar que, mesmo que a instituição adote medidas para coibir fraudes e fortalecer seu processo de KYC, o sucesso ainda não está totalmente garantido. Os criminosos buscarão alcançar informações críticas dos seus alvos como senhas, códigos de segurança, cartões de crédito, etc. O desafio é permanente. Cabe à instituição, ainda que tenha um robusto processo antifraude, alertar seus clientes sobre os cuidados no fornecimento de informações sigilosas a terceiros ou a utilização correta dos meios eletrônicos. Autor: Altair Gonsalves NascimentoBacharel em Economia com especialização em controladoria e MBA em gestão financeira e riscos. Possui mais de 27 anos de atuação no setor financeiro. É membro certificado pela ACAMS – Association of Certified Anti-Money Laundering Specialists e professor do curso MBA em Gestão de Riscos e Compliance da FECAP. Autor: Willian Yoshikazu Takamura Especialista em regulação de meios de pagamento, PLD/CFT, e gerenciamento de risco.Tecnólogo em processamento de dados pela FATEC-SP, e pós-graduado em finanças e controladoria pela FIPECAFI. Possui 16 anos de experiência nas áreas de controles, Compliance e PLD/CFT.