20/12/2022

CEDEAO: Forças Armadas discutem combate ao terrorismo em Bissau

20/12/2022

O Presidente de Guiné-Bissau e da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, reunido com outros membros da CEDEAO, na quinta-feira 5 de dezembro no Senegal.O Presidente de Guiné-Bissau e da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló, reunido com outros membros da CEDEAO, na quinta-feira 5 de dezembro no Senegal. © Presidência da República de Guiné-Bissau

Estão reunidos nesta segunda-feira, 19 de Dezembro, na capital guineense os chefes das forças armadas da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da África ocidental: a organização regional que se mostra determinada em lutar contra o terrorismo e os golpes de Estado.

A reunião, que decorre sob fortes medidas de segurança num hotel de Bissau, tem apenas um objectivo: a activação rápida de uma força militar que lute contra a expansão do terrorismo e golpes de Estado nos países da CEDEAO.

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzy Barbosa, disse que estes dois fenómenos constituem um verdadeiro flagelo, associado à pobreza e às alterações climáticas. Todas estas situações criam tensões sociais e ameaçam ainda mais todos os países da CEDEAO, insistiu a ministra.

O ministro da Defesa da Guiné-Bissau, Marciano Barbeiro exortou os chefes militares a traçarem estratégias conjuntas e rápidas:

Temos assistido sistematicamente a mudanças inconstitucionais de Governo que se manifestam de forma de golpe de Estado e tentativa de golpe de Estado.

Todos esses actos representam situações de imprevisibilidade e de elevação de riscos para a sociedade. Por isso é preciso traçar estratégias conjuntas, consensuais, prioritárias e indispensáveis para fazer face a estas situações, com vista a assegurar a democracia, a segurança e a estabilidade na nossa sub-região.

As recomendações do encontro de chefes das Forças Armadas dos 15 países da CEDEAO, entre os quais dois lusófonos, Guiné-Bissau e Cabo Verde, devem ser entregues ainda este mês ao conselho de mediação e segurança da CEDEAO para uma tomada de decisão.

Uma coisa é certa, tanto os dirigentes políticos como os chefes militares concordam sobre a urgência da activação de uma força da CEDEAO no mais curto espaço de tempo possível.

 

Fonte: RFI