20/08/2019 atualizado em : 20/08/2019

1º Congresso dos Profissionais de PLD-FT é tema de matéria na Revista RPPS do Brasil

20/08/2019 atualizado em : 20/08/2019

O presidente do IPLD, Carlos Firmino, falou com a Revista RPPS do Brasil sobre como foi o I Congresso dos Profissionais de PLD-FT e a importância de debater sobre os temas Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo. Confira a seguir o texto na íntegra:

Prevenção à Lavagem de Dinheiro

Instituto dos profissionais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, IPLD, realiza movimento visando a formação de profissionais imbuídos da missão de dizer não à lavagem de dinheiro.

A Revista RPPS do Brasil prestigiou o 1º Congresso dos Profissionais de PLD-FT, realizado em São Paulo nos dias 04 e 05 de junho. Na ocasião, conversamos com o recém-eleito presidente do IPLD, Carlos Firmino:

RPPS do Brasil: Aconteceu o 1º Congresso dos Profissionais de PLD-FT. O que levou o Instituto a realizá-lo?

Firmino: A área de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo é complexa, ampla e dinâmica. A todo momento ocorrem adaptações institucionais, tecnológicas e nos marcos regulatórios do setor. Aliás, dos diversos setores obrigados que contemplam uma gama de indústrias. Por exemplo, o mercado segurador de investimentos, bancário, de bens de luxo, meios de pagamento, imobiliário e diversos outros. Assim, o instituto se propõe a servir como um foro permanente de aperfeiçoamento e troca de experiência entre os profissionais dos setores público e privados ligados a cada uma dessas indústrias. Ao longo do ano, fazemos eventos pontuais que atendem mais a um e outro setor. Anualmente, faremos um congresso que entrará no calendário de capacitação dos profissionais do setor, visando a atualização dos mesmos. Este primeiro congresso já foi um enorme sucesso, pois tivemos mais de 300 profissionais representando as diversas indústrias das cinco regiões do Brasil. Tivemos o poder público representado e foi possível conectar diretamente os profissionais obrigados aos seus respectivos reguladores.

Como foi definida a programação, quais destaques?

A programação foi pensada de forma a impactar o maior número de profissionais. Convidamos a Comissão de Valores Mobiliários, representada por seu Superintendente Geral, que regula todo o sistema bancário e meios de pagamento, bem como alguns produtos de investimento que fogem à regulação da CVM. A SUSEP, que regula todo o mercado segurador de previdência privada e, em breve,  de previdência complementar fechada. Não poderia faltar a presença da nossa unidade de inteligência financeira, o COAF, representado por seu atual presidente, que acompanhou toda a programação e interagiu diretamente com os congressistas nos dois dias de evento. Um ex-presidente do COAF, que ocupou o cargo por quase vinte anos, também esteve presente e nos brindou com toda a sua experiência. Como a atividade de prevenção ao financiamento do terrorismo é um problema global, incluímos a experiência de acadêmicos de renome internacional trazendo os professores Willian Vicek e Rashmi Sing, ambos PhD’s pela London School of Economics. Além disso, tivemos representantes dos usuários finais do trabalho realizado pelos profissionais de PLD-FT, Policiais Civis e Federais, Ministério Público e Magistrados, que ressaltaram a importância da certificação profissional e seus impactos positivos na repressão a esses crimes.

Particularmente, tive a honra de estar no painel internacional , que foi muito produtivo e nos despertou para diversas atividades de financiamento do terrorismo que poderiam estar passando ao largo dos filtros de seleção. Por exemplo, o tráfico de artigos de patrimônio histórico originados em zonas sujeitas ao domínio de organizações terroristas e a estruturação de investimentos offshore com essa finalidade. Esse painel foi apresentado em inglês e contou com tradução simultânea.

Qual o principal objetivo dessa iniciativa?

Podemos dizer que essa troca de experiência é fundamental para o aperfeiçoamento constante do sistema PLD-FT previsto na lei 9.613/98 que, aliás, consideramos bem maduro. Nesse sentido, o Instituto tem a missão de ser um ambiente neutro e seguro para fomentar as interações entre todos os atores envolvidos.

Você assumirá a presidência da entidade, quais são seus planos?

Minha missão à frente do Instituto será atuar politicamente pela exigência de certificação dos profissionais da área, firmar parcerias institucionais, ampliar o sucesso de nossos eventos temáticos e nosso congresso anual.

Conheça um pouco mais sobre o novo presidente do IPLD:

Carlos Henrique Firmino é Mestre em Economia. Autor de “Efeitos Econômicos dos crimes financeiros contra fundos de previdência de servidores públicos”. Policial Federal com quase doze anos de experiência em combate à corrupção e LD. Professor da Academia Nacional de Laboratórios de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (Rede Lab-LD). Coordenou as análises da operação Encilhamento. Atualmente, realiza atividades técnicas de investigação no Lab-LD da PF com o objetivo de aplicar e desenvolver ferramentas tecnológicas no combate à corrupção, crimes financeiros e PLD-FT.